quarta-feira, outubro 25, 2006

Maioria dos militantes do CDS sobreviveu ao aborto

O presidente do CDS, Ribeiro e Castro, decidiu revelar publicamente que, desde a sua fundação, a militância no partido tem estado dominada por sobreviventes de interrupções da gravidez falhadas ou, em vocabulário comum, de abortos mal feitos. A revelação enquadra-se num esforço de consciencialização da opinião pública para os males da interrupção voluntária da gravidez numa altura em que a lei do aborto volta a ser discutida pela classe política. “Eu próprio sou um aborto frustrado,” explica Ribeiro e Castro, “e o mesmo se passa com muitos dos meus colegas. Muitas vezes as malformações e os traumas resultantes da violência de que fomos alvo no útero não são visíveis mas é um facto que estão cá. Basta um olhar mais atento.” Também Nuno Melo, líder parlamentar do CDS, admite ser um “aborto” e, entre lágrimas, pede para o olharem nos olhos e verem o terror do que teria acontecido se a medicação abortiva não tivesse falhado na viagem de regresso de Badajoz.